“Botânica do Espírito” transforma elementos vegetais em gestos de silêncio e devoção. Cada forma impressa parece ter sido deixada sobre o papel pelo tempo, revelada por luz natural como se estivesse rezando. As texturas aquosas, as falhas suaves e os vazios azuis criam uma linguagem não verbal entre corpo, natureza e espírito.
1. Oração de Samambaia
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Uma ramagem de samambaia centralizada revela-se em branco cremoso sobre azul esmaecido, com bordas suavemente dissolvidas. Ao redor, espirais de sombra sugerem respiração ou aura vegetal.
2. Corpo de Ramos Secos
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Três ramos finos entrelaçados se erguem como coluna frágil. As rachaduras e imperfeições visíveis nos galhos criam uma estrutura que parece orar em pé.
3. Folha Unilateral
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Uma folha única paira em diagonal, com sombra duplicada quase imperceptível — como memória vegetal deslocada no tempo. A composição flutua entre presença e ausência.
4. Ninho de Sementes
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Cinco sementes formam um círculo irregular. Algumas parecem ter se movido, deixando rastros delicados como fios de raízes ou vestígios de vento.
5. Galho Transversal em Reza
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Um galho sinuoso cruza a imagem como um gesto curvo. Brotos pálidos emergem nas pontas. Ao fundo, manchas circulares sugerem sol, tempo e reverência.
6. Alma Botânica Suspensa
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Fragmentos de folhas e sementes flutuam sobre papel azul desgastado. Nada toca o solo — tudo paira, como se fosse sustentado por uma fé invisível.
Por que escolher esta composição?
Porque ela transforma a parede em altar de silêncio e beleza. “Botânica do Espírito” é para quem entende que a vida também fala por raízes, sombras e luz revelada.
